domingo, 8 de novembro de 2009

Como fazer uma resenha


É importante saber que não há fórmulas mágicas, macetes ou receitas prontas sobre como fazer uma resenha. Como todos os outros tipos de texto, é alguma coisa que aprendemos por experiência e erro, treinando, fazendo. Serão muitos exercícios de resenha até você poder produzir boas resenhas, e o importante é não desanimar nesse trajeto. Para aqueles que, apesar de tudo o que viram, ainda não sabem por onde começar, seguem algumas dicas para uma resenha descritiva:

1) Leia o texto que serve de ponto de partida para a resenha. É o primeiro passo e o fundamental. A qualidade da sua resenha depende, em grande medida, da qualidade da leitura que você fizer desse texto. Se necessário, leia mais de uma vez.

2) Faça um resumo do texto. Selecione as idéias principais do autor do texto e monte um outro texto, seu. Mas cuidado: resumo não é cópia de alguns trechos do texto, com as palavras do autor. Resumo é um outro texto, um texto seu, em que você diz o que entendeu do texto, e quais são as idéias principais do autor. Se você não sabe ainda como resumir um texto, pense em como você o apresentaria para alguém que estivesse acabando de chegar em sala e lhe perguntasse: Sobre o que é esse texto que você está lendo? Outra estratégia interessante é ler o texto em um dia e tentar resumi-lo alguns dias depois. As idéias de que você conseguir lembrar serão seguramente as principais idéias do autor. Se você não conseguir lembrar de nada a respeito do texto, você não o entendeu. Volte ao texto e o leia novamente.

3) Eleja uma entre as principais idéias do texto. Todo texto contém várias idéias, que estão postas em uma hierarquia. Há idéias principais e há idéias secundárias, periféricas. Eleja uma idéia principal.

4) Analise a idéia escolhida. Procure traçar quais são os seus pressupostos, o que o autor pressupõe para formular essa idéia. Procure traçar também as suas implicações, as conseqüências que se pode retirar dessa idéia. Verifique quais as relações que a idéia estabelece no texto, com quais outras idéias ela dialoga.

5) Emita um julgamento de verdade a respeito dessa idéia. Ela é verdadeira ou não? Se é verdadeira, por quê? Se é falsa, por quê? Procure responder a essas perguntas com outros argumentos que não os usados pelo autor do texto. Por exemplo, se o autor diz que "ninguém é normal" e usa como argumento a colocação de que "o conceito de "normal" é muito relativo", não responda que essa idéia é verdadeira porque "o conceito de normal é muito relativo"; você estaria apenas repetindo o autor do texto. É crucial que o julgamento seja "seu", e não uma mera reprodução do que o autor pensa. Olhe para a maneira como o autor usa os conceitos, procure definir o que significa "relativo" para o autor e, aí sim, decida.

6) Faça tudo isso antes de começar a redigir o texto. Use um rascunho, se necessário. Apenas depois de resolvidos os passos de 1 a 5 é que você estará pronto para escrever o texto, e decidir sobre a sua organização. Não há ordem predeterminada: você pode começar o texto pela sua conclusão, e depois explicá-la para o leitor (através da análise) e terminar por uma apreciação mais genérica do texto (o resumo); ou você pode começar pelo resumo, passar à análise e, em seguida, ao julgamento; ou você pode misturar as três coisas. É você que decide. O importante é que seu texto tenha organização, e unidade. Enfim, que não seja apenas um amontoado de parágrafos sobre o texto que está sendo resenhado.

Os tipos de resenha

É preciso ter em mente que há dois tipos de resenha, que cumprem a objetivos diferentes, e que essa diferença está relacionada à maneira como se entende a idéia de "julgamento". Em resumo, pode-se dizer que:



Resenha descritiva, científica, técnica, é aquela cujo objetivo é julgar a verdade das proposições (idéias) do autor, investigar a consistência de seus argumentos e a pertinência de suas conclusões. Responde basicamente à pergunta: O que o autor diz faz sentido?

Resenha crítica, opinativa, é aquela cujo objetivo é julgar o valor do texto, a sua beleza, a sua relevância. Responde basicamente à pergunta: O texto é bom?

Em ambos os casos, é importante salientar que esses julgamentos (de valor ou de verdade) devem ser sustentados por elementos retirados do texto através de sua análise. É importante ter cuidado: não restrinja a resenha ao julgamento. O julgamento do texto é apenas uma parte; lembre-se que toda resenha deve conter resumo e análise do texto que serve de ponto de partida.

Resenha - o que é e como se faz

Resenha, ou recensão, é, segundo o dicionário, uma "apreciação breve de um livro ou de um escrito"[1]. A definição do dicionário pode ser dividida em três partes, que devem servir de orientação para que você possa entender o que é uma resenha. A primeira parte está representada pela palavra "apreciação"; a segunda parte é a que concerne ao adjetivo "breve"; e a terceira e última parte diz respeito ao sintagma "de um livro ou de um escrito".

O primeiro elemento a ser destacado nas resenhas é o fato de que tratam, todas elas, de uma apreciação. Ou seja, a resenha tem por finalidade: (1) fazer uma análise, um exame; e (2) emitir um julgamento, uma opinião. O objetivo da resenha é, pois, duplo. A resenha pretende decompor o objeto resenhado em suas unidades constituintes, proceder a um exame pormenorizado, investigá-lo a fundo; e, a partir dessa análise, a resenha deve se posicionar em relação ao objeto resenhado, deve julgá-lo, avaliá-lo. É importante que você perceba que esses dois objetivos estão combinados: para que você tenha elementos para julgar alguma coisa, é preciso que seja feita antes uma análise; e a finalidade da análise é exatamente fornecer elementos para o julgamento. Na resenha, esses dois objetivos são solidários: um não existe sem o outro.

O segundo elemento presente na definição é o adjetivo "breve". A resenha é um texto rápido, pequeno. Você deve fazer a análise e emitir o julgamento em um tempo consideravelmente restrito (geralmente em torno de duas a três laudas em espaço duplo). Isso não significa que sua análise deva ser rasa, superficial, ou que o seu julgamento possa ser precipitado. Não é isso. A principal implicação das limitações de tempo e espaço é que você deve ser seletivo. Você sabe, desde o início, que não vai conseguir esgotar a obra, investigar todos os seus pontos, examinar tudo pormenorizadamente. Logo, você deve eleger um ou outro aspecto mais saliente do texto para análise, deve investigar em detalhe apenas um dos pontos do objeto resenhado, em vez de tentar dar conta de tudo. Mas é importante que a sua escolha recaia sobre um ponto efetivamente relevante do texto, como a tese do autor ou um de seus principais argumentos.

Por fim, a definição apresenta um terceiro elemento, a expressão "de um livro ou de um escrito". Este é um ponto controverso, porque o uso normal das resenhas ultrapassa muito o texto escrito. É extremamente comum encontrarmos hoje nos jornais resenhas de discos e filmes. O objeto da resenha não é, portanto, apenas um texto escrito. Em princípio, qualquer objeto é passível de uma apreciação nos moldes de uma resenha. O que é importante perceber aqui é que todas as resenhas têm um ponto de partida bastante definido. Trata-se de um outro texto, ou de uma obra qualquer. Fazem-se resenhas de textos e obras, e não de temas. Quando um professor pede a você que faça uma resenha de um texto X sobre um tema Y, ele não quer que você faça uma análise e emita uma opinião sobre o tema Y; o que se pede é que você examine e julgue o texto X. Perceba a diferença: o professor não está querendo saber a sua opinião sobre o tema Y, mas sobre o texto X. Você não deve jamais se esquecer do texto que serve de ponto de partida para a resenha: esse texto é a própria razão de ser da sua resenha. Você deve retomá-lo sempre, você deve dialogar com o autor do texto. Nas resenhas há mesmo um resumo do texto, em que você recupera as idéias centrais do autor. Mas não confunda: resenha não é resumo; o resumo é apenas uma parte da resenha, que tem pelo menos duas outras partes: a parte da análise do texto e a parte do julgamento do texto.

Por tudo o que foi dito, podemos dizer que resenha é um tipo de texto em que há, concomitantemente, exigências de forma e de conteúdo:

Exigências de conteúdo

a) Toda resenha deve conter uma síntese, um resumo do texto resenhado, com a apresentação das principais idéias do autor;

b) Toda resenha deve conter uma análise aprofundada de pelo menos um ponto relevante do texto, escolhido pelo resenhista;

c) Toda resenha deve conter um julgamento do texto, feito a partir da análise empreendida no item b).

Exigências de forma

d) A resenha deve ser pequena, ocupando geralmente até três laudas de papel A4 com espaçamento duplo;

e) A resenha é um texto corrido, isto é, não devem ser feitas separações físicas entre as partes da resenha (com a subdivisão do texto em resumo, análise e julgamento, por exemplo);

f) A resenha deve sempre indicar a obra que está sendo resenhada.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Os sete pecados da redação


O professor universitário Rogério Chociay publicou um livro em que analisa as dissertações de vestibulares antigos da Unesp. Ele apresenta, e comenta, bons e péssimos exemplos de textos. “Algumas redações eu chamo de ‘camicase’. São praticamente um voo para a morte, para a anulação. Tem gente que escreve poesia, faz até desenho.”


1 Letra
O candidato não precisa ter letra bonita, mas deve garantir que o corretor consiga ler seu texto. “Uma letra garranchuda e ilegível revela incapacidade de comunicar uma mensagem”, afirma Rogério Chociay.



2 Tamanho
A redação deve ter um tamanho adequado, em geral entre 22 e 30 linhas. Um texto muito curto revela a incapacidade do candidato de desenvolver o tema. Mas ele também não deve ser muito grande. Tamanho excessivo pode revelar dificuldade para concluir ideias. E nada de enganar os corretores com letra grande ou margens falsas, para dar a impressão de um texto mais longo.



3 ‘Lúdicas’
Nenhuma banca de vestibular leva em conta produções que não sejam textos.Mostra de ingenuidade ou ousadia, redações “lúdicas” são anuladas de imediato por fuga do gênero.



4 Fuga do tema
Nunca se deve fugir do tema proposto. “O vestibulando deve mostrar que apreendeu a questão em debate”, diz o professor Francisco Platão Savioli, da USP e do Anglo.



5 Fuga do gênero
Com exceção da Unicamp, em que a redação também pode ser uma carta ou narração, os grandes vestibulares pedem textos dissertativos. Não escreva textos que fujam ao que foi pedido, nem desenvolva ideias “criativas”, como feito aqui.



6 Sem argumentação
O corretor tem um sério motivo para desconsiderar um texto em que não há argumentação. “Na redação você tem que desenvolver um raciocínio, não pode ficar dizendo sempre a mesma coisa”, diz Maria Thereza Fraga Rocco, da Fuvest.



7 Poesia
“Não escreva nada além de prosa. Se você é um excelente poeta, ótimo. Mas não em dia de redação”, recomenda a professora de Português do Etapa Célia Passoni.



A boa

Rogério Chociay destaca em seu livro que boas redações apresentam coerência, uso da norma culta da língua, além de argumentos a favor de uma posição. “Não precisa ser original, mas dar uma proposta sustentável”, diz Francisco Platão.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Como escrever bem uma redação

Alguns professores costumam determinar em seus manuais de redação uma nomenclatura para as três partes vitais de um texto escrito. Ao invés de começo, meio e fim, elas recebem os nomes de introdução, desenvolvimento e conclusão ou, ainda, início, desenvolvimento e fecho. Todos esses nomes referem-se aos mesmos elementos. Parece-nos que irrelevante o nome que cada pessoa atribui. O importante é que as pessoas saibam que elas devem existir em sua redação.Vejamos, sucintamente, cada uma delas.

A. INTRODUÇÃO (início, começo)
Podemos começar uma redação fazendo uma afirmação, uma declaração, uma descrição, uma pergunta, e de muitas outras maneiras. O que se deve guardar é que uma introdução serve para lançar o assunto, delimitar o assunto, chamar a atenção do leitor para o assunto que vamos desenvolver.Uma introdução não deve ser muito longa para não desmotivar o leitor. Se a redação dever ter trinta linhas, aconselha-se a que o aluno use de quatro a seis para a parte introdutória.
DEFEITOS A EVITAR
I. Iniciar uma idéia geral, mas que não se relaciona com a segunda parte da redação.II. Iniciar com digressões (o início dever ser curto).III. Iniciar com as mesmas palavras do título.IV. Iniciar aproveitando o título, com se este fosse um elemento d primeira frase.V. Iniciar com chavõesExemplos:- Desde os primórdios da Antigüidade...- Não é fácil a respeito de...- Bem, eu acho que...- Um dos problemas mais discutidos na atualidade...

B. DESENVOLVIMENTO (meio, corpo)
A parte substancial e decisória de uma redação é o seu desenvolvimento. É nela que o aluno tem a oportunidade de colocar um conteúdo razoável, lógico. Se o desenvolvimento da redação é sua parte mais importante, deverá ocupar o maior número de linhas. Supondo-se uma redação de trinta linhas, a redação deverá destinar de catorze (14) a dezoito (18) linhas para o corpo ou desenvolvimento da mesma.
DEFEITOS A EVITAR
I. Pormenores, divagações, repetições, exemplos excessivos de tal sorte a não sobrar espaço para a conclusão.

C. CONCLUSÃO (fecho, final)
Assim como a introdução, o fim deverá ocupar uma pequena parte do texto. Se a redação está planejada para trinta linhas, a parte da conclusão deve ter quatro a seis linhas.Na conclusão, nossas idéias propõem uma solução. O ponto de vista do escritor, apesar de ter aparecido nas outras partes, adquire maior destaque na conclusão.Se alguém introduz um assunto, desenvolve-o brilhantemente, mas não coloca uma conclusão: o leitor sentir-se-á perdido, estupefato.
DEFEITOS A EVITAR
I. Não finalizar (é o principal defeito)II. Avisar que vai concluir, utilizando expressões como "Em resumo" ou "Concluindo"

Mais detalhes, leia manuais de técnicas de redação. O material acima foi retirado do site www.algosobre.com.br. Visite-o, tem muitas dicas, instrições e banco de redações.

A importância do trabalho - proposta de redação para 2° ano EM

Trabalho ou Escravidão?
Se foi o tempo em que o trabalho era apenas uma ocupação. Hoje é a base de tudo. Se você não trabalha, não come, não tem moradia, vive como um indigente. O trabalho não se trata de uma invenção que pode aparecer, pois é ele que tráz o sustento, é uma forma de viver. Pode até ser arte, mas nem todas as formas de trabalho são artes, muitos são escravidão. A humanidade está dividida em duas partes, uma se matando de tanto trabalhar e a outra pela falta dele.
Jennifer Gladys Pereira Cavalcante, turma 122
CEAMA

Amar para sentir

Amar é descobrir
aquilo que um
dia os olhos
por hipocrisia da patologia
não enxergaram
O que dentro
da alma se
encontrava o grande
prazer de sentir a paixão de viver.

Sentir é entender
que ter a esperança
de viver cada momento
e viver o presente para
entender o passado no
qual terás argumentos
para o futuro
É compreender que
a esperança não adormece
por algumas agulhadas da vida.

Amar é sentir
a paixão de viver e
com lentes consertar
a visão para que
possa redescobrir o
que um dia pelas
pedras se foi perdido
dentre os ares da vida.

Jéssica Vilela, aluna da turma 122 ( 2° ano EM)

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Escola adventista na Revista Veja


Leia o trecho da entrevista concedida pela ex ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, a revista Veja:
O criacionismo deveria ser ensinado nas escolas?
Uma vez, fiz uma palestra em uma escola adventista e me perguntaram sobre essa questão.Respondi que, desde que ensinem também o evolucionismo, não vejo problema, porque os jovens têm a oportunidade de fazer suas escolhas. Ou seja, não me oponho. Mas jamais defendi a ideia de que o criacionismo seja matéria obrigatória nas escolas, nem pretendo defender isso. Sou professora e uma pessoa que tem fé. Como 90% dos brasileiros, acredito que Deus criou o mundo. Só isso.

E você, o que pensa sobre o assunto?
Envie comentários ou escreva sua opinião no caderno. Vale visto de atividade.
Leia a entrevista na íntegra: Revista Veja do dia 02 de setembro de 2009

domingo, 13 de setembro de 2009

Análise de obras do Realismo, para turmas 81 e 82

Os quebradores de pedra (1850), de Gustave Coubert

Arrufos, de Belmiro Barbosa de Almeida


Queridos alunos de arte, turmas 81 e 82, analisem as obras acima e respondam no caderno as questões. Façam também uma descrição detalhada, utilizem sua visão e sensibilidade para descrever o que os artistas quiseram expressar.

Responda:

a) O que a cena retrata?
b) Que cores são utilizadas?

c) Qual o ambiente retratado?

d) Qual a relação da cena com o movimento do Realismo?